segunda-feira, 8 de agosto de 2011

HISTORIA DE ALTAMIRA

História de Altamira


A origem do município de Altamira está relacionada com o pioneirismo da presença dos missionários da Companhia de Jesus no rio Xingu, antes de 1750. Após ao vencerem, por terra, a Volta Grande daquele rio, os jesuítas introduziram os primeiros traços de civilização naquela região. Na margem esquerda do rio Xingu, acima da foz do rio Ambé, fundaram uma missão religiosa. Fazendo ligação entre essa missão e a localidade de Cachoeira, no rio Tucuruí havia uma estrada primitiva, que desempenharia um papel importante na história de Altamira.
Após a expulsão dos jesuítas, esta estrada ficou praticamente abandonada e foi posteriormente reconstruída, em 1868, pelos, Capuchos da Piedade, dos frades Ludovico e Carmelo de Mazzarino, com índios das tribos Tacuúba, Penes e Jurunas, aos quais depois se juntaram os índios das tribos Achipaiás, Curiarias, Araras e Carajás. Ao se instalarem na antiga missão dos jesuítas, os Capuchinhos reergueram-na e, contando com um número maior de índios de diferentes tribos, promoveram o seu crescimento e desenvolvimento.
A partir dessa missão dos capuchinhos estabeleceram-se os fundamentos de um povoamento que, transformou-se no povoado de Altamira, mais tarde vila de Altamira. Não se sabe, entretanto, a data precisa em que o povoado foi fundado. Pela tradição deixada pelos capuchinhos, o major Leocádio de Souza, viu a possibilidade de reconstruir o caminho, não mais de Cachoeira, porém, da foz do rio Tucuruí até o povoado de Altamira e, neste sentido, organizou uma destacada expedição para efetuar o seu definitivo reconhecimento. Como não obteve êxito, posteriormente, em 1880, o coronel Gaiôso retomou a empreitada, com um grande número de escravos de sua propriedade, abrindo um pico da foz do rio Joá à embocadura do rio Ambé, iniciando a construção de uma boa estrada de rodagem, que ficou paralisada e perdida em conseqüência da Lei Áurea de 13 de maio de 1888, que o privou de sua escravaria. O baiano Agrário Cavalcante resolveu continuar a tarefa, na parte relativa à
abertura da estrada para o Ambé, não conseguindo porém ver seus esforços coroados de resultados, uma vez que veio a falecer.
Seu sobrinho José Porfírio de Miranda Júnior concluiu definitivamente a grande via e adquiriu a sua propriedade. Essa estrada foi um elemento importante de prosperidade de Altamira. Em face da Lei n.º 811, de 14 de abril de 1874, foi criado o município de Souzel, incluindo no seu território o povoado de Altamira. Devido à sua grande extensão, Souzel (o maior Município do Estado do Pará) necessitava de uma divisão administrativa, bem como se fazia necessário o estabelecimento de um Governo Municipal, no alto Xingu, que era uma região mais desenvolvida do que o baixo Xingu. Com isso, Souzel foi desmenbrado, dando origem ao município de Xingu, incorporando Altamira, que passou a sede do novo Município. Pelo Decreto Legislativo nº 1.234 de 6 de novembro de 1911, o poder público, resolveu criar o   município de Altamira, passando o Souzel a ser distrito desse novo Município.
Fixando, o Decreto nº 1852 de 29 do mesmo ano, para o dia primeiro de janeiro do ano
seguinte, a sua instalação. A cidade de Altamira recebeu esse título pela Lei nº 1604 de 27 de setembro de 1917, ao mesmo tempo que transferiu para ali a sede da comarca do Xingu. Os Decretos Estaduais de números 6 de 4 de novembro de 1930 e 72 de 27 de dezembro do mesmo ano mantiveram o município de Altamira. Pelo dispositivo da Lei Estadual de nº 8 , de 31 de outubro de 1935, que menciona todos os municípios existentes no Pará, manteve o denominado Xingu, compreendendo o território do antigo município de Altamira e a subprefeitura do Xingu, sede na cidade de Altamira.
No quadro da divisão territorial, datado de 31 de dezembro de 1936, o município de Xingu, ainda com sede em Altamira, compunha-se de onze distritos: Altamira, Novo Horizonte, São Félix, Porto de Moz, Tapará, Vilarinho, do Monte, Veiros, Aquiqui, Souzel e Alto Xingu.
Conforme disposto no Decreto-Lei nº 2.972 de 31 de março de 1938, o município de Xingu teve seu nome alterado para Altamira, o qual estava integrado por dois distritos: Altamira e Novo Horizonte. Segundo a divisão territorial estabelecida pelo Decreto-Lei nº 3.131 de 31 de outubro de 1938, para o período 1939-43, o município de Altamira apresentava-se constituído pelo distrito sede, dividido em duas zonas, sendo a primeira: Altamira e Iriri Curuá e a Segunda: Novo Horizonte e São Félix. Pela divisão estabelecida pelo Decreto nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, para o período de 1944-48,o Município compunha-se de dois distritos: Altamira e o de Gradaús, antigo Novo Horizonte.
Em 1955 houve uma primeira tentativa de desmembramento do seu território para constituir os municípios de São Félix do Xingu e Souzel, mas o Supremo Tribunal Federal a considerou inconstitucional. O governo do Estado do Pará, em janeiro de 1956, tornou insubsistente tal desmembramento. Porém, em 1961, através da Lei nº 2.460 de 29 de dezembro, durante o governo de Aurélio Corrêa do Carmo, o município de Altamira foi desmembrado para reconstituir o município de Souzel, com o nome de Senador José Porfírio e criar o município de São Félix do Xingu.
Em 1991, teve novamente seu teritório desmembrado para dar origem, juntamente com parte dos territórios de Medicilândia e Porto de Moz, ao município de Brasil Novo. Também deu origem ao município de Vitória do Xingu, desanexando parte do seu território e dos municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz, perdendo assim o distrito de Gradaús.
Atualmente, é integrado pelo distrito de Castelo de Sonhos.
 
História de Altamira Escrito por Altamiranet Qui, 10 de Setembro de 2009 20:41 - Última atualização Seg, 14 de Setembro de 2009 10:08